Na manhã desta quinta-feira (31), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), deflagrou a Operação “Terra Limpa” para investigar o suposto superfaturamento de contratos de serviços de limpeza urbana no município de Morada Nova entre 2022 e 2024. A ação contou com apoio do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil do Ceará.
Durante a operação, o presidente da Autarquia de Meio Ambiente de Morada Nova foi preso e afastado do cargo por seis meses. Um empresário supostamente envolvido no esquema também foi detido, enquanto outros três empresários seguem foragidos. Os envolvidos podem responder por associação criminosa, peculato e falsidade ideológica.
Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, em Fortaleza, Tabuleiro do Norte e Morada Nova, além das sedes das empresas, da Prefeitura e da Autarquia de Meio Ambiente de Morada Nova. Documentos e dispositivos eletrônicos foram apreendidos para subsidiar as investigações.
De acordo com o MPCE, os empresários teriam superfaturado os contratos com a anuência do presidente da Autarquia, utilizando medições falsas para justificar os valores. O esquema, segundo as investigações, gerou um prejuízo aos cofres públicos e possibilitou enriquecimento ilícito aos envolvidos. As empresas teriam faturado mais de R$ 10,6 milhões com contratos no período investigado.
A operação foi batizada como “Terra Limpa” em alusão ao setor de limpeza urbana, foco dos contratos sob suspeita em Morada Nova.
Fonte: MPCE.