Um jovem de 24 anos foi inocentado depois de passar um ano e dois meses preso pelos crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo na cidade de Boa Viagem, no interior do Ceará. Emanuel Felipe Farias de Sousa saiu da prisão em novembro do ano passado após o juiz que julgou o caso chegar à conclusão de que ele foi vítima dos policiais militares que fizeram a prisão, que teriam forjado o flagrante.
A 8disse em nota que não chegou ao conhecimento do órgão qualquer denúncia sobre o caso, como também não foi notificada pela Justiça. Entretanto, a corporação vai abrir investigação preliminar para apurar o caso.
O caso aconteceu em setembro de 2019, após três policiais receberem denúncia de que Emanuel Felipe e a mulher estariam traficando drogas. Os agentes fizeram buscas e encontraram Emanuel com uma quantia em espécie no valor de R$ 950. Na versão dos policiais, eles afirmam que após encontrarem o dinheiro, foi até a casa do homem, onde fez buscas e encontrou 50 trouxinhas de cocaína e um revólver com munição.
Emanuel foi levado para a delegacia e, logo em seguida, foi conduzido para a Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL III), em Itaitinga, na Grande Fortaleza.
O que diz a defesa
Em novembro do ano passado, Emanuel foi inocentado dos crimes na qual estava sendo acusado após o juiz encontrar irregularidades nas provas que o levaram à prisão. De acordo com o advogado de defesa dele, Emanuel de fato foi encontrado com o dinheiro em espécie, mas que a polícia o levou até a casa dele e, sem nenhuma autorização para entrar, quebrou os cadeados e forjou o flagrante.
A defesa de Emanuel também afirma que ele foi vítima de tortura por parte dos policiais. A Justiça do Ceará determinou que a Controladoria Geral de Disciplina (CGD) investigasse o caso.
Investigação da CGD
Em nota, a CGD afirma que não chegou ao conhecimento do órgão qualquer denúncia sobre o caso, como também não foi notificada pela justiça, mas ainda assim, determinou investigação do caso e, caso seja identificada transgressão disciplinar, instaurará de imediato procedimento administrativo.
O Ministério Público entrou com recurso para impedir a soltura, que foi negado pela Justiça, que diz que o fato de o homem ter sido encontrado com dinheiro em espécie não é considerado nenhum ilícito. Já a promotoria acredita que há provas suficientes de que os policiais não cometeram irregularidades.
Fonte: G1 Ceará
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