Justiça Federal no Ceará acatou pedido da Polícia Federal e prorrogou por mais 30 dias o afastamento do cargo de uma delegada e de 13 policiais civis cearenses, os mesmos são investigados por suspeita de envolvimento em diversos crimes praticados no exercício da função, quando estavam atuando na Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD). A PF quer aprofundar a investigação na análise de conversas entre os policiais através do aplicativo WhatsApp.
São investigados pela PF os seguintes membros da Polícia Civil do Ceará: delegada Patrícia Bezerra de Souza Dias Branco e os policiais Antônio Chaves Pinto Júnior, José Audízio Soares Júnior, Fábio Oliveira Benevides, Antônio Henrique Gomes de Araújo, Francisco Alex de Souza Sales, Antônio Márcio do Nascimento Maciel, Petrônio Gerônimo dos Santos, Rafael de Oliveira Domingues, Alexandre Maia Ximenes, Raimundo Nonato Nogueira Júnior, João Felipe de Araújo Sampaio Leite, Fabrício Dantas Alexandre e Gleidson da Costa Ferreira.
A juíza federal Heloísa Silva de Melo, substituta da 11ª Vara e auxiliar na 12ª Vara da Justiça Federal no Ceará, acatou o pedido da PF que teve um parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF).
Sigilo quebrado
A juíza também acatou um segundo pedido da Polícia Federal e determinou que seja quebrado o sigilo de um telefone celular apreendido durante as investigações e que “este aparelho seja enviado à empresa Cellebrite, com laboratórios localizados nos estados Unidos e no Canadá, para que seja realizada a quebra da senha de acesso para a elaboração de um laudo pericial”. Heloísa Melo ressaltou, ainda, que tais medidas sejam tomadas “com absoluta prioridade”.
No despacho, a magistrada ressalta que as investigações já realizadas pela PF têm revelado a participação dos investigados em “abordagens ilegais, envolvendo episódios de flagrante preparado, flagrante forjado, tortura, subtração de pertences de pessoas detidas, buscas domiciliares ilegais, abordagens policiais abusivas, concussão, corrupção, utilização de moeda falsa e tráfico de entorpecentes”.
Fonte: Ceará News.