Duas grandes operações simultâneas movimentam, desde as primeiras horas da manhã de terça-feira (17), policiais civis e federais em Fortaleza, no interior do estado e outras cidades brasileiras. São ações de combate a fraude bancária e clonagem de veículos roubados.
A Polícia Civil realiza a sua operação com o objetivo de desarticular um grupo especializado em comercializar veículos clonados oriundos de roubos e furtos.
Trata-se da segunda fase da Operação “Ohlepse”, que acontece nas cidades cearenses de Altaneira, Assaré, Nova Olinda e Tarrafas, no Sul do Ceará,; e também no Município de Sapiranga, no Rio Grande do Sul.
Segundo a Polícia Civil, os agentes conseguiram apreender vários carros e motos, além de documentos.
Fraude milionária
Já a operação da Polícia Federal tem como objetivo o combate a fraudes na concessão de crédito rural da Caixa Econômica Federal. A operação cumpre mandados de busca e apreensão em Fortaleza e em outras quatro cidade dos estados de Roraima e Paraná. Estima-se que o esquema criminoso tenha desviado mais de R$ 6 milhões daquela instituição financeira..
Além da capital cearense, a operação tem ações nas cidades roraimenses de Boa Vista, Cantá e Caracaraí; e também em Maringá, no Paraná. Ao todo, são 9 mandados de prisão e 17 de busca apreensão, expedidos pela 4° Vara Federal de Roraima. Não há informações sobre qual ou quais ordens judiciais foram cumpridas em Fortaleza.
O esquema de fraude tinha participação de empresários, servidores da Caixa Econômica e “laranjas”, que obtinham empréstimos se passando por grandes empresários do agronegócio. O dinheiro dos empréstimos era destinado a empresas envolvidas, como forma de lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, esse esquema de fraude só pôde ser realizado com o apoio de servidores da Caixa. Dentre os “laranjas”, estão parentes, filhos e companheiros dos fraudadores.
Os investigados devem responder, de acordo com a participação de cada um, pelos crimes de estelionato, peculato, organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.
Por Fernando Ribeiro.